Jornadas Judaico-Amazônicas

As migrações judaicas no norte do Brasil
Conversas I Filmes I Livros I Música I Gastronomia

 

19 de novembro e Belém do Pará
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24 a 27 a de agosto
no Museu Judaico de São Paulo

Fruto de uma história que costura as águas salgadas do Atlântico e a dos múltiplos rios que entrecortam a floresta Amazônica, a comunidade judaica se faz presente na região há mais de dois séculos, estabelecendo uma teia de transmissões e tradições culturais. Advinda especialmente da costa do Marrocos, mas também de lugares como Cabo Verde e Açores, essa migração teve seu ápice durante o ciclo da borracha (1880-1910), mas seus ecos se desdobram no presente através de práticas culturais, gastronômicas e linguísticas.

Jornadas Judaico-Amazônicas: as migrações judaicas no Norte do Brasil é uma ação que integra o projeto Judeus na Amazônia, iniciativa desenvolvida pelo Museu Judaico de São Paulo desde 2022. Partindo de uma pesquisa liderada pelo antropólogo e jornalista Fábio Zuker, que incluiu uma viagem de quase dois meses pela região, Judeus na Amazônia agora aterrissa no espaço do MUJ para uma intensa programação de quatro dias em que o público poderá entrar em contato com as diversas camadas da presença judaica na Amazônia por meio de conversas, projeções de filmes, apresentações musicais e atividades de culinária.

Para estas Jornadas Judaico-Amazônicas foram convidados participantes de várias regiões do Brasil que estudam diferentes aspectos da imigração judaica e seus desdobramentos até os dias de hoje. Convidamos todas e todos a mergulharem conosco nessas histórias que atravessam geografias e temporalidades.

programação

Quinta-feira,
24 de agosto

16h | Visita guiada: A presença judaico-amazônica no acervo do MUJ

O acervo do Museu Judaico de São Paulo conta diversas histórias das migrações judaicas ao Brasil. Nesta visita, o público poderá conhecer alguns dos itens e documentos oriundos das comunidades judaicas do Norte do país.

18h30 | Cerimônia de abertura

19H | CONFERÊNCIA DE ABERTURA: O JUDEU-CABOCLO

com Maria Luiza Tucci Carneiro

Nessa apresentação, a professora Maria Luiza Tucci Carneiro busca reconstituir o perfil das comunidades descendentes dos judeus radicados na Amazônia desde as primeiras décadas do século XIX, priorizando os marroquinos que optaram por viver em Manaus e Belém, seu cotidiano e as práticas judaicas junto às comunidades de acolhimento.

Historiadora, romancista e professora sênior do departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Desde 2006 coordena o LEER – Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação, onde desenvolve o projeto “Travessias – Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro: o legado dos artistas e intelectuais e cientistas refugiados do nazismo. Brasil, 1933-2023”. É autora de Impressos Subversivos: Arte, Cultura e Política. Brasil, 1924-1964 (ed. Intermeios), Cidadão do Mundo: o Brasil diante do Holocausto e dos refugiados do nazifascismo, Brasil 1933-1948 (Perspectiva), entre outros títulos.

20h30 | Confraternização

Sexta-feira,
25 de agosto

11h | Visita guiada: A presença judaico-amazônica no acervo do MUJ

O acervo do Museu Judaico de São Paulo conta diversas histórias das migrações judaicas ao Brasil. Nesta visita, o público poderá conhecer alguns dos itens e documentos oriundos das comunidades judaicas do Norte do país.

15h | Mesa 1: Histórias da imigração judaica na Amazônia

com Anne Benchimol e Márcio Souza

Mediação de Ilana Feldman  

Neste primeiro encontro, a historiadora Anne Benchimol e o escritor Márcio Souza percorrem diferentes perspectivas da história da imigração judaica na região amazônica e seus desdobramentos até os dias atuais.

Graduada em Letras pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), é colaboradora do Comitê Israelita do Amazonas, com atuação em diversas diretorias. Em 2012 exerceu a presidência da Comunidade Judaica do Amazonas, da qual é hoje vice-presidente. Desde 2006 tem se dedicado à pesquisa do Judaísmo da Amazônia. Nascida e criada em Manaus, seus bisavós chegaram ao Brasil por volta de 1850 vindos do Marrocos.

Formado em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP), atua como jornalista, escritor, diretor e roteirista. Autor da tetralogia Crônicas do Grão Pará e Rio Negro, foi professor convidado da Universidade de Berkeley, escritor residente nas Universidades de Stanford e Austin, Texas. É membro da Academia Amazonense de Letras, com ampla carreira em gestão cultural, tendo sido presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) entre 1995 e 2003, diretor do Teatro Experimental do Sesc do Amazonas (Tesc) e presidente do Conselho Municipal de Cultura de Manaus.

Professora, pesquisadora, ensaísta e curadora independente. É professora adjunta na ECo-UFRJ. Tem pós-doutorado em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA-USP e pós-doutorado em Teoria Literária pelo Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. É doutora em Ciências da Comunicação pela USP, com passagem pelo Departamento de Filosofia, Artes e Estética da Universidade Paris

17h | Oficina de culinária: Sabores do Marrocos na Amazônia

com Breno Lerner

O cozinheiro e pesquisador Breno Lerner ensina a preparação de uma Dáfina, receita de origem marroquina servida nas casas das famílias judias da Amazônia, procurando entender as circunstâncias da criação e do consumo do saboroso prato.

É pesquisador, historiador e escritor da história da gastronomia com ênfase na culinária judaica. Mantém há 10 anos o programa semanal de TV A Cozinha da Ídishe Mame e uma intensa produção de conteúdo sobre gastronomia para redes sociais. Escreveu três livros, entre eles O Ganso Marisco e Outros Papos de Cozinha (ed. Senac), vencedor do Gourmand Cookbook Award na área de literatura gastronômica.

19h | Mesa 2: Os judeus da Ilha do Marajó

com Iria Chocron, Karine Sarraf e Sergio Simon

Mediação de Mariana Lorenzi

Autores do livro Os judeus da Ilha do Marajó, Iria Chocron, Karine Sarraf e Sergio Simon revisitam a história dos marroquinos que chegaram à região e sua importância na preservação da cultura e das tradições judaicas no Norte do país.

Historiadora e pesquisadora, é coordenadora do projeto “Marajó Sefardi” e “Judeus da Amazônia”, com conteúdos na internet dedicados ao estudo e ao compartilhamento da história da imigração judaico-marroquina na região amazônica. É coordenadora e coautora do livro Histórias da beira do rio: os judeus da Ilha do Marajó, a ser lançado durante as Jornadas Judaico-Amazônicas.

Nascida em Belém do Pará, filha de pais marajoaras de Breves, é graduada em medicina veterinária, pós-graduada em agronegócios e funcionária da empresa pública Emater-Pará, onde atua na área da extensão rural voltada para assistência técnica de agroindústria e beneficiamento de produtos da agricultura familiar. Curiosa pela origem de seu sobrenome e colecionadora das histórias da família, decidiu registrar as narrativas que escutava, mas algumas contradições motivaram-na a buscar informações em documentos, cartórios e registros legais.

Possui graduação e doutorado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), fellowship em oncologia clínica no Memorial Sloan Kettering Cancer Center. É autor de várias publicações nacionais e internacionais. Atualmente, é oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e presidente do conselho deliberativo do Museu Judaico de São Paulo.

Coordenadora de Curadoria e Participação do Museu Judaico de São Paulo. Possui graduação em Comunicação Social pela FAAP (São Paulo) e mestrado em Artes Políticas pela NYU (Nova York). Atua como curadora, editora e gestora cultural, tendo colaborado com instituições como Casa do Povo, Pinacoteca, Sesc, entre outras.

20h30 | Lançamento do livro “Os judeus da Ilha do Marajó”

Sessão de autógrafos com os autores

Sábado,
26 de agosto

11h | Mesa 3: Movimentos culturais e políticos

com Arieh Wagner, Ericky Nakanome e Elias Salgado

Mediação de Mariana Lorenzi

A mesa discute a influência judaica em manifestações políticas e culturais da região amazônica, da festa do boi no Festival de Parintins aos abridores de letras das embarcações típicas do Pará, procurando pensar a amálgama cultural complexa e particular desses territórios.

Wagner Bentes Lins é antropólogo formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestre em Língua Hebraica pela Universidade de São Paulo (USP), foi pesquisador visitante na Universidade Hebraica de Jerusalém, onde desenvolveu o doutorado A mão e a luva: Judeus marroquinos em Israel e na Amazônia, similaridades e diferenças na construção das identidades étnicas. Como artista visual, atua no ateliê Infinitas Cores e possui trabalhos no acervo do Museu Nacional de Arte Naif e no Museu de Arte do Rio, e painéis nas paredes internas do Museu Judaico de São Paulo.

Professor de Artes Visuais na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), atua na área de Teoria e História da Arte com foco na cultura popular e em festas da região amazônica, principalmente o Boi Bumbá de Parintins e suas mais variadas representações. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorando em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), integra os grupos de pesquisa “VIA – Visualidades Amazônicas” e “Estilo e Artes Visuais na Amazônia”. É o atual presidente do conselho de artes do Boi Caprichoso de Parintins.

Cofundador do projeto Amazônia Judaica, é diretor do Centro de Estudos Judaicos da Amazônia, do Congresso Internacional de Estudos Sefarditas e da editora Talu Cultural. É pesquisador associado do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos do IFCS/UFRJ, representante no conselho de pesquisa do Center for Research and Archives on the Judaism of Northern Morocco e coordenador de vários projetos de pesquisa. É autor de História e Memória: judeus e industrialização do Amazonas (ed. Amazônia Judaica) e de quatro livros de crônicas, entre eles Dividido sim, mas só em parte (Talu Cultural, 2023).

Coordenadora de Curadoria e Participação do Museu Judaico de São Paulo. Possui graduação em Comunicação Social pela FAAP (São Paulo) e mestrado em Artes Políticas pela NYU (Nova York). Atua como curadora, editora e gestora cultural, tendo colaborado com instituições como Casa do Povo, Pinacoteca, Sesc, entre outras.

15h | Mesa 4: O ciclo da borracha, as violências e o lugar do aviamento

com Márcia Mura e Renato Athias

Medição de Fábio Zuker

Com a participação do antropólogo Renato Athias e da professora e pesquisadora Márcia Mura, a mesa lança um olhar crítico sobre o papel dos imigrantes no ciclo da borracha, procurando pensar a perpetuação de violências contra populações indígenas e mais vulneráveis da região.

Do paranã Madeira, território ancestral Mura, é contadora de história, indígena, escritora, doutora em História Social pela USP e artivista. É professora na rede de educação do estado de Rondônia, coordenadora do coletivo Mura de Porto Velho e da articulação das Indígenas Mulheres Mura do Amazonas e Rondônia. É autora dos livros O Espaço Lembrado – Experiências de vida em seringais da Amazônia (2016) e Tecendo Memórias Mura e de outros parentes (2022) e de diversos artigos em publicações literárias e acadêmicas. Faz parte do Wayrakuna, primeiro grupo de pesquisa composto por mulheres indígenas no CNPq.

Antropólogo, é um dos criadores do curso de Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde atua como professor do Programa de Pós-graduação em Antropologia desde 1999. Sua pesquisa acadêmica se concentra em temas como: etnologia indígena, xamanismo, práticas tradicionais de cura, antropologia do desenvolvimento, antropologia política e antropologia visual. Sua produção acadêmica compreende desde artigos e livros até exposições sobre as populações indígenas do Norte e do Nordeste do Brasil.

É jornalista multimídia, antropólogo e ensaísta. Realiza atualmente pós-doutorado na Princeton University, e é autor dos livros Vida e morte de uma baleia minke no rio Tapajós e outras histórias da Amazônia (Publication StudioSP, 2019 — publicado em inglês em 2022 pela Milkweed editions) e Em rota de fuga: ensaios sobre escrita, medo e violência (Hedra, 2020).

17h | Projeção de filmes
“Curupira e a máquina do destino” (Brasil, 2021), de Janaína Wagner (25 min)

Filmado em locais como a Transamazônica BR-230, a Estrada Fantasma BR-319 e no distrito de Realidade, no Amazonas, o filme documenta o encontro entre a criatura curupira e o fantasma encarnado de Iracema, personagem fictícia do filme Iracema – Uma Transa Amazônica.

Classificação Indicativa 14 anos.

“Iracema – Uma Transa Amazônica” (Brasil, 1974),  de Jorge Bodanzky e Orlando Senna (90 min)

Em contraste com a propaganda oficial da ditadura militar que alardeava um país em expansão ligado à construção da rodovia Transamazônica, uma câmera sensível revela os problemas que a estrada traria para a região: desmatamento, queimadas, trabalho escravo, prostituição infantil.

Classificação Indicativa 16 anos.

Após a projeção, uma conversa com a presença de Janaína Wagner e Jorge Bodanzky

Mediação de Ilana Feldman

Artista visual e cineasta, desenvolve suas pesquisas em vídeo, desenho, fotografia e instalações. É doutoranda no Le Fresnoy-Studio National des Arts Contemporains (FR). Ao longo de sua carreira, participou de residências artísticas em instituições brasileiras e internacionais, assim como de exposições, dentre as quais a individual “With Burning love” – Villa Belleville (FR) e a mostra coletiva “Ensaio de Tração”Pinacoteca do Estado de São Paulo. Atualmente, desenvolve seu primeiro longa-metragem, o documentário experimental “A Mala da Noite”.

Formado em cinema pela Escola de Design de Ulm, na Alemanha, iniciou sua carreira como fotógrafo. Nos anos 70, a partir de Iracema – uma transa amazônica, passou a trabalhar  como diretor. Desde então, dirigiu, entre outros, a série Transamazônica: uma estrada para o passado (2021), da HBO e o filme Amazônia, A Nova Minamata? (2022). Atualmente, assina uma coluna em vídeo na revista Zum (IMS) e na revista Amazônia Latitude, da Florida State University.

Professora, pesquisadora, ensaísta e curadora independente. É professora adjunta na ECo-UFRJ. Tem pós-doutorado em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA-USP e pós-doutorado em Teoria Literária pelo Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. É doutora em Ciências da Comunicação pela USP, com passagem pelo Departamento de Filosofia, Artes e Estética da Universidade Paris

Domingo,
27 de agosto

11h | Música: Cantos litúrgicos judaico-marroquinos

com Isaac Dahan

O último dia das Jornadas Judaicos-Amazônicas começa com um momento de meditação com a apresentação de cantos litúrgicos judaico-marroquinos pelo chazan Isaac Dahan.

Médico gastroenterologista, é membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia-AMB, da Sociedade Brasileira de Clínica Médica-AMB e da Sociedade Amazonense de Gastroenterologia. Atua há mais de cinco décadas como chazan/shaliach/tsibur, orientador espiritual e representante em eventos governamentais, religiosos e acadêmicos junto à comunidade maior de Manaus. Nascido em Alenquer, no interior do Pará, no  período de um grande fluxo de migração judaica, passou a juventude em Belém, aprendendo com mestres oriundos do Marrocos.

14h | Mesa 5: Expressões literárias

com Alessandra Conde e Moacir Amâncio

Mediação de Gabriela Longman

Dois especialistas em literatura lançam um olhar sobre a produção ficcional produzida na região amazônica, com ênfase na presença e influência judaica  desses escritos.

É professora adjunta da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA), coordenadora do projeto de pesquisa “Ecos sefarditas: judeus na Amazônia” e do Núcleo de Estudos Sefarditas da Amazônia (NESA). Doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG), realizou  estágio pós-doutoral sobre escritores judeus na Amazônia, com supervisão da Profa.Dra. Lyslei Nascimento (UFMG).

Professor titular de Literatura Hebraica na Universidade de São Paulo (USP), é autor e poeta. Seu primeiro livro, Do Objeto Útil (Iluminuras), venceu o Prêmio Jabuti de 1993, na categoria Poesia. Desde então publicou uma série de livros, dos quais os oito primeiros estão reunidos em Ata (Record, 2007). Também produz textos com estudos sobre ficção e poesia e traduziu obras de autores israelenses que escrevem em poesia e prosa, como o poeta Yehuda Amichai e o escritor Amós Oz.

Jornalista, editora e curadora, é mestre em História da Cultura pela EHESS-Paris e doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH-USP. Trabalhou na Folha de S.Paulo e em instituições  como Bienal de São Paulo, SP-Arte, Flip, entre outros. É co-fundadora do Guia Orbit.

16h | Mesa 6: Judaísmo na Amazônia hoje

com Felipe Goifman, Isaac Dahan e Rabino Moysés Elmescany

Mediação de Marilia Neustein

Os convidados procuram pensar como o judaísmo é praticado e percebido na Amazônia hoje, refletindo sobre a construção de uma identidade judaico-amazônica e seu lugar dentro de um entendimento global do judaísmo.

Fotógrafo, escritor e editor. Há mais de 30 anos, viaja pelo mundo produzindo reportagens para veículos de diversos países e é colaborador da revista “National Geographic”. Autor de uma série de livros, dentre eles “Hakitia – Amazônia Hebraica” (FGR editora), dedica-se atualmente à produção do livro “Judeus do Sul” e de documentários audiovisuais sobre as comunidades judaicas brasileiras.

Médico gastroenterologista, é membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia-AMB, da Sociedade Brasileira de Clínica Médica-AMB e da Sociedade Amazonense de Gastroenterologia. Atua há mais de cinco décadas como chazan/shaliach/tsibur, orientador espiritual e representante em eventos governamentais, religiosos e acadêmicos junto à comunidade maior de Manaus. Nascido em Alenquer, no interior do Pará, no  período de um grande fluxo de migração judaica, passou a juventude em Belém, aprendendo com mestres oriundos do Marrocos.

Psicólogo pela Universidade da Amazônia (UNAM), atua como Rabino na sua própria sinagoga, Beit Mescany, em Belém do Pará. Formou-se rabino pela Yeshivá Midrash Sefaradi. É sofer (termo designado para o escriba que pode transcrever escritos religiosos) tefilin, mezuzá e sefer torá. É também Hazan (cantor),  Baal Korê (aquele que faz a leitura pública da Torá) e  Morê (professor) de hebraico.

Foi repórter do jornal O Estado de S.Paulo por 13 anos, assessora de comunicação do Instituto Brasil-Israel e da escritora Djamila Ribeiro. Hoje atua como diretora de comunicação do Museu Judaico de São Paulo.

18h30 | Música: Herança & Identidade

Anne Jezini

O show intimista de Anne Jezini reúne canções autorais, canções consagradas de compositores amazonenses e histórias familiares que refletem sua vivência como a terceira geração de judeus marroquinos que migraram para a Amazônia.

Nascida em Manaus, se formou em biologia mas encontrou na música sua linguagem de expressão artística. Estudou vocal performance em Londres, na London Music School, e começou sua carreira se apresentando em festivais em sua cidade natal. Em 2016 lançou o disco “Cinética”, produzido por Lucas Santtana e realizou turnê por diversas cidades do Brasil. Agora, lança seu disco “Em Fuga” através do Natura Musical, fruto de cinco anos de trabalho e pesquisa da sonoridade pop brasileira e de referências latino-americanas.